Com grande alegria, celebramos a santidade de São Bernardo de Claraval, abade e doutor da Igreja. Nascido em 1090 no Castelo de Fontaine, próximo a Dijon, na França, ele veio de uma família nobre que se surpreendeu com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.
Considerado pela Família Cisterciense como um segundo fundador da Ordem, São Bernardo atraía tantas pessoas que mães e esposas afastavam seus filhos e maridos para evitar sua influência. Tal era o poder de sua atração, que todos os seus irmãos, primos e amigos acabaram por segui-lo. Homem de profunda oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade e conselheiro de Papas, Reis e Bispos. Além disso, ele foi também um polemista, político e pacificador.
Mesmo sendo contemplativo, São Bernardo não se afastou das realidades de sua época, participando ativamente de diversas polêmicas internas e externas da Igreja.
Em 1115, seu abade, Estevão, o enviou com doze companheiros para fundar um mosteiro no Vale do Absinto, que ele rebatizou como Vale Claro (Claraval). De lá, irradiava a luz do Cristianismo, não apenas por meio de suas ações, mas também por suas obras, como o “Tratado do Amor de Deus” e o “Comentário ao Cântico dos Cânticos”. Sua profunda devoção a Nossa Senhora se refletia na invocação: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria”. São Bernardo foi acolhido na eternidade em 1153.
Escreveu numerosas obras, milhares de cartas e mais de 300 sermões, intervindo em todas as disputas doutrinais e grandes questões religiosas e seculares de seu tempo. Considerado o último dos Padres da Igreja, um editor chamado Mabillon, falecido em 1707, afirmou: “É o último dos padres, mas iguala os maiores”.
São Bernardo foi canonizado em junho de 1174 pelo Papa Alexandre III e declarado Doutor da Igreja em 1830 pelo Papa Pio VIII, em reconhecimento a suas pregações e obras escritas.
São Bernardo de Claraval, rogai por nós!
